Voar com a Peach

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O nome pode soar um pouco “barato” o que acaba por ser adequado porque a Peach é uma low cost. Mas tal algumas outras companhias desta gama a operar na Ásia, está uns furos acima das suas correspondentes europeias.

Trata-se de uma empresa japonesa, que oferece uma série de rotas domésticas e internacionais, sendo uma opção ideal para viajar, por exemplo, do Taiwan ou da Coreia do Sul para o Japão (e vice-versa, claro).

O grande problema da Peach é o seu website. Não tenho dúvidas: ainda não vi todos, mas dos muitos que já usei é “apenas” o pior website de uma companhia aérea. E uma boa parte do problema prende-se com o sistema captcha (aquela coisada que verifica se somos mesmo pessoas bem intencionadas, que nos mostra uma sequência de números e letras estilizadas que devemos inserir num campo de formulário antes de prosseguir).

No caso da Peach, não há solução que satisfaça à primeira. Mesmo que a sequência esteja correcta, vai pedir uma e outra vez para repetirmos a operação e por fim, com paciência, lá nos deixa passar. Para piorar as coisas, a situação repete-se mais tarde, em pontos inesperados do processo de compra ou da consulta dos nossos voos.

Já a app disponibilizada, é basicamente impossível de usar. Pode ser que com o tempo a melhorem, mas no momento em que escrevo considero que nem vale a pena tentar.

Bem, mas uma vez comprado o bilhete, as coisas melhoram.

Em termos de bagagem a política é generosa, podendo o passageiro levar para a cabine duas peças, uma de tamanho normal e outra mais pequeno. O peso somado das duas não deverá exceder os 10 kg mas nunca vi um controle rigoroso durante as minhas andanças com a Peach. Claro que poderá levar bagagem de porão mediante um pagamento adicional.

O checkin faz-se apenas no aeroporto. Nos terminais fora do Japão o passageiro deve dirigir-se ao balcão. Já nos aeroportos japoneses o checkin é preferencialmente feito em regime de self checkin, ou seja, fazendo uso das máquinas que existem no terminal. Em caso de problema pode-se recorrer ao balcão.

Pode levar o bilhete impresso ou gravado num dispositivo móvel, para usar o leitor de códigos da máquina. Mas se não quiser ou puder, basta tomar nota da referência do seu booking e introduzir manualmente e logo receberá o seu cartão de embarque.

Em termos de operações a Peach parece ser uma companhia aérea regular. Nunca tive situações daquelas tipo tratarem as pessoas como gado, nada de esperas na placa. Umas vezes caminha-se para o avião, outras há mangas.

Uma coisa inédita: em nenhuma das vezes que voei com a Peach tive que me identificar para embarcar. Apenas o cartão de embarque. Nunca vi uma coisa assim e é bom… simplificar o transporte aéreo!

Por falar de avião. Gostei. Sempre aeronaves modernas, bem mantidas e limpas. Isolamento acústico e o espaço para as pernas são muito aceitáveis.

O pessoal de bordo é muito simpático e apesar da minha experiência com a Peach ser limitada, nãovejo razões para que o padrão não seja mantido. Cortesia tipicamente japonesa, sempre com um sorriso e uma grande doçura nos actos e na fala.

As minhas viagens com a Peach foram sempre agradáveis do princípio ao fim. O ambiente a bordo tende a ser sossegado e agradável, talvez fruto da cultura japonesa, cujos passageiros são predominantes.

Outra nota favorável: os preços dos bens vendidos a bordo são excelentes, nada diferentes do que se encontram num café de rua. Uma Coca-Cola custa cerca de 1,50 Euros, uma sandes vai para os 3,00 Euros e um prato de comida custará cerca de 6 Euros.

Portanto, se está hesitante em usar a Peach, pessoalmente recomendo.

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