Dia dois em Villhermosa, uma paragem que já tinha sido inesperada para uma noite e na qual afinal passaria uma segunda noite. Uma pausa para descansar, ajeitar o plano de viagem e aproveitar o corte do excelente quarto no hotel One.
Foi portanto um dia relaxado. Começou com o pequeno-almoço no hotel, fraquito mas incluido no preço e de qualquer forma o suficiente para começar o dia sem preocupações.
Seguiu-se um passeio pela parte antiga da cidade. Primeiro, uma visita à Casa dos Azulejos, um bonito edifício construído no final do século XIX para um abastado comerciante local que é actualmente o museu de história de Tabasco.
Localiza-se na principal rua pedonal e a entrada é gratuita. Como museu não é grande coisa. Uma colecção pobrezita, exposta de forma arcaica. Mas para preencher uma calma manhã de Domingo serve na perfeição e oferece um agradável momento. As salas, como seria de esperar, são lindas, tudo revestido a azulejo, em conformidade com a fachada.
Depois desta visita, foi tempo de passear, livremente. Fomos até à praça da câmara municipal, a Plaza de Armas. Alguma presença policial. Uma pequena manifestação. Mais manifestantes engrossam a multidão e chega o exército, em grande estilo, com um camião carregado de militares que saem em formação ordenada, entrando no edifício que parece ser o ponto de interesse dos descontentes. Penso que se trata de um tribunal. Ficamos por ali a ver em que vai dar todo o aparato mas a situação estabiliza. Nem as forças das autoridades fazem nada nem os manifestantes se movem.
Vamos para outro lado. Descobrindo ruas que parecem mais atraentes. Villahermosa está longe de ser um local que justifique ser visitado, mas a nós serviu perfeitamente para passar um dia completo. Foi uma experiência positiva.
Descobrimos algumas partes mais antigas da cidade, passámos pela Zona Luz e entrámos na casa museu Carlos Pelicer, um espaço dedicado a um escritor local que exibe toda uma parafernália relacionada com a vida e obra do autor. O espaço foi fortemente renovado e enquanto tal perdeu o interesse, mas à falta de outra entretenga e até porque a entrada é também gratuita, não foi tempo perdido.
Na realidade, não se fez muito mais neste dia. Cumpriu-se o plano: descansar, trabalhar no plano de viagem e explorar a cidade.
Aproveitei para fazer aparar a barba num simpático barbeiro que me tratou bem, comi mais um fabuloso Blizzard na Daiqy Queen que encontrei escondida num cantinho da rua principal e fomos a mais uma dose de Torta al Pastor no mesmo local. Acho que as pessoas se lembravam de nós e ficaram orgulhosas pela segunda visita.
Mais um bocado passado naquela praça encantadora, caótica, suja, cheia de vida e vida local. Experimentar várias coisas das bancas de comida de rua. Bebidas misteriosas, de conteúdos esclarecidos na hora graças à maravilhosa tecnologia… 4G, Gooogle, e tudo explicado.
No dia seguinte teríamos uma relativamente longa viagem até Vera Cruz com um autocarro bem cedo pela manhã. Havia que descansar e no sossegado hotel onde ficámos isso não foi difícil.
