26 de Janeiro de 2023
Por fim em movimento para um novo destino na Índia, o último neste país antes do voo para o Nepal. Cochim, historicamente ligada a Portugal, que se estabeleceram na área a partir de 1503. Contudo, nos dias de hoje, não restam traços claros desse passado.
Entretanto, este foi um dia sem grande história. O último despertar em Panjim, seguido do pequeno-almoço no terraço. O preparar das mochilas para a etapa seguinte e a despedida da família Afonso.
Apesar de existir uma estação de comboios em Vasco da Gama, próximo de Panjim, mas ligações de longo curso fazem-se a partir de Margão. Essa cidade que deu nome à famosa marca de especiarias que desde que me lembro de ser eu se usam profusamente em Portugal.
Há portanto que apanhar um autocarro para lá, um percurso e umas paragens já conhecidas da viagem de 2019. Já na estação rodoviária de Margão é preciso ligação para o centro. Este segundo autocarro deixa-nos a uma certa distância da estação, mas nada que não se pudesse fazer a pé. Nas calmas, que o tempo está controlado.
Uma paragem numa loja de doces para comprar umas guloseimas. Depois, a descer, em direcção à estação. Quase a chegar, uma segunda paragem para beber um sumo de coco. Um grupo de jovens que faz o mesmo mete conversa, ajuda na comunicação com o vendedor. Serão amigos de viagem até Cochim, de onde são.
Tínhamos algum tempo para queimar. Deu para explorar todos os recantos da estação ferroviária. Comer no restaurante anexo, esperar, ler, voltar a bater os cantos. E nisto um dos jovens aparece, muito alarmado, a dizer que devíamos ir para a plataforma certa. Decididamente tomaram-nos sob a sua asa protectora, sem necessidade.
Já na plataforma vimos outros estrangeiros também a ser ajudados da mesma forma.
O comboio vem pouco atrasado, um novo fenómeno na minha experiência ferroviária na Índia. Os rapazes estão na carruagem ao lado. Entramos juntos e dizemos adeus. Mais tarde seremos visitados e visitaremos, já umas horas para a frente, depois do sol posto.
E noite passa-se normalmente, mal, dentro do aceitável, dormita-se. E já nos aproximamos de Cochim, onde chegamos dentro da hora prevista, ao nascer do dia.