Depois dos dias repousados de Yogyakarta e viagem a sério, de canseiras, stresses e suores, regressou. Era tempo de rumar à ilha de Bali. Sem pressas, acordei, tomei o pequeno-almoço, visitei o supermercado (que falta que me fez daqui para a frente!) e voltei para o hostel para trabalhar um bocado e gozar até ao último minuto do seu conforto. Por esta altura tinha feito amizade com o Baha e o seu companheiro improvisado de viagem. O Baha era egípcio e o outro era britânico de origem no Sri Lanka.
À hora prevista peguei na mochila, despedi-me e fui para a paragem de autocarro. Levava uma margem confortável de tempo e ainda bem porque perdi um mesmo em frente do nariz e depois demorou imenso tempo para passar o seguinte.
Chegada ao aeroporto, onde encontrar a entrada certa para o meu terminal se revelou um desafio incrivelmente grande. E lá vamos nós, para a placa. Este aeroporto parece uma estação de autocarros… o pessoal é largado na placa e depois cada um que encontre o seu avião… e ainda havia uns quantos para escolher, como se pode ver na imagem.
O voo para Bali é breve. Aterro ainda de dia, mas sem planos para fazer nada. Escolhi um hostel com uma particularidade especial: fica a 5 minutos a pé do terminar do aeroporto. Acho que nunca me tinha acontecido mas sabe bem. Com o GPS vou lá direitinho, passando pelo meio da barragem de caçadores de turistas que envolve o aeroporto de Bali. O hostel pode ser conveniente, mas é um chiqueiro. Se não é o pior em que já dormi, anda lá muito perto. Não me estou a queixar! Já tinha lido os comentários de hóspedes anteriores, estava a pagar uma ninharia e a receber a vantagem da proximidade ao aeroporto. Mas para terem uma ideia da qualidade, vejam a imagem da minha cama depois de me sentar um pouco:
A senhora que trabalhava no hostel, que na realidade é mais uma ou duas salas para empilhar viajantes anexas à casa de família, não soube ou mais provavelmente não quis responder às questões práticas que tinha. Provavelmente porque não implicavam lucro na forma da compra de transfers, tours ou qualquer coisa onde tivesse comissão a ganhar. Sem problemas, usei a wi-fi do lugar para encontrar as minhas respostas, mas os detalhes deixo-os para o diário do dia seguinte.
Neste não se passou muito mais. Fui jantar ao aeroporto. Estranho, não é? Sair de “casa” e andar até um aeroporto para jantar. Comi qualquer coisa, que seria o início de uma longa travessia no deserto para mim, duas semanas a comer comida indonésia, que não deixará saudade nenhuma. E voltei, para dormir, com o colchão transferido para o chão e a grande dúvida: como é que alguém conseguirá dormir com um estrado onde quase me posso afundar entre as tábuas…?