Não me espantaria se o leitor nunca tivesse ouvido falar do AirBnB (onde o BnB vem de “bed and breakfast“) porque apesar de ser bem conhecido entre viajantes do mundo, não é propriamente uma celebridade global. Há países onde é extremamente popular, como nos EUA e na Rep Checa (haverá poucos amigos meus em Praga que não tenham um quarto extra disponível no sistema para os viajantes). E o que é o AirBnB? Trata-se de um website onde qualquer pessoa pode colocar alojamento à disposição de quem cruza mundos, a troco da remuneração certa.
Na realidade, em muitos dos casos, quiçá a maior, a oferta de alojamento neste website provém de couchsurfers que vêem com bons olhos a rentabilização dos espaços disponíveis que têm em casa. Por outro lado, também entre quem procura existe uma razoável percentagem de couchsurfers interessados em encontrar um local para dormir que ofereça a informalidade dos “couches” conjugada com certas garantias.
Tal como o Couchsurfing, o AirBnB tem um forte sistema de segurança baseado no sistema de avaliação mútua dos utilizadores, que funciona quer a partir das interacções comerciais estabelecidas no website, quer a partir de referências de pessoas conhecidas que utilizam o projecto. Mas ao contrário do Couchsurfing, aqui espera-se algum profissionalismo. Já não é o anfitrião que impõe todas as regras. É suposto garantir aquilo que anuncia e, se não o fizer, isso reflectir-se-á nas referências obtidas.
Apesar de ser possível alugar uma propriedade, como em qualquer outra central de alugueres, é mais frequente – e na realidade é a principal vocação do AirBnB – que a oferta seja de um espaço (quarto ou parte de casa) na residência habitual do anfitrião. Com isto está aberta uma via alternativa ao quase monopólio dos hosteis como alojamento económico e informal para viajantes de todo o mundo.
Eu estou no AirBnB, e tal como eu, um elevado número de amigos que fui fazendo por ai, no decorrer das minhas viagens. Todos eles são couchsurfers, e, tanto quanto saiba, nenhum deixou de oferecer gratuitamente o seu sofá ao viajante em busca de hospitalidade. Mas encontraram nesta ideia uma alternativa. Quase todos arrendam apartamentos em cidades com elevada procura turística: Amesterdão, Praga, Berlim, Lisboa, Budapeste, Paris, Odessa, Sofia. E vêem no AirBnB uma forma de amortizar as rendas, por vezes pesadas, que pagam. Todos ficam a ganhar. O hóspede obtém alojamento personalizado e informal a baixo custo, e o anfitrião faz uns cobres sem grandes gastos ou trabalhos.
Já agora, existe um sistema de gratificação pela promoção do sistema. Se algum dos meus amigos usar o seguinte link e se inscrever, a primeira vez que usar alguma propriedade do AirBnB nas suas viagens, ganharei um crédito de 19 Eur, se se um dia vier a alugar algo seu, o crédito será de 57 Eur (claro que uma vez inscrito pode fazer a mesma divulgação e beneficiar do crédito que tem um limite de €76.
Link para inscrição no AirBnB segundo o descrito no anterior parágrafo.