24 de Junho de 2024

O último dia completo destas deambulações pelo Brasil! E seria bem recheado. Depois de um dia pleno de descanso havia tempo para uma caminhada de manhã, antes de rumar a Brasilia para fechar o capítulo Brasil.

Depois de estudadas várias possibilidades decidimos ir até à Cachoeira do Segredo. É uma cascata espectacular mas pouco apropriada para banhos, pois está quase sempre à sombra e água é muito fria.

O trilho é relativamente longo, com 3,5 km para cada lado, mas muito agradável. Paisagens diversas, o caminho ora a descer ora a subir. Algum contacto com o curso de água com bonitas piscinas naturais que se revelam ao caminhante. Passam-se pontes pedestres construídas em madeira, os quilómetros vão passando e às tantas começa-se a ouvir o ribombar da água.

A cascata impressiona, com a água a precipitar-se de uma altura de cerca de 100 metros. Como esperado toda a zona está à sombra e quase que faz frio. O vapor de água espalha-se e torna difícil fotografar, com a condensação a assentar sobre a lente.

Não há muito para fazer ali. É ver, apreciar o momento, a grandiosidade daquele caudal de água. Chega o vigilante que vem entrar ao serviço. Aconhega-se no seu ninho e deixa-se estar imóvel. Que raio de trabalho, passar um dia assim. Não um, mas muitos.

Regressar. É o adeus à paisagem natural do Brasil, sabemos disso, paramos uma última vez junto a uma das piscinas formadas pelo curso de água.

Voltamos a São Jorge para recolher as mochilas e para uma última paragem na casa dos sumos naturais. E partimos, rumo a Brasilia.

Uma viagem mais simples e rápido do que esperava. Sempre boa estrada, pouco trânsito, velocidade constante. Mesmo na cidade não havia muitos carros. Fomos andando, seguindo as indicações do Google Maps, em direcção ao Brasilia Palace Hotel.

Mas antes de lá chegar, uma paragem inesperada. Junto à avenida onde circulamos vimos um conjunto de carrinhas Volkswagen, tipo “pão-de-forma”, pintadas de cores garridas. É um conceito artístico que não posso perder. Felizmente logo à frente um conveniente parque de estacionamento de um campus universitário.

Passámos ali uns longos minutos a observar os detalhes daqueles carros destroçados e revividos pela mão de um colégio de artistas. E por grande coincidência – ainda bem que olhei para a app – existia ali uma geocache, encontrada sem dificuldade.

Chegar ao hotel foi muito fácil. Negociei um pouco o quarto, não queria ficar de novo em cima das traseiras da cozinha. É incrível o erro conceptual do hotel neste aspecto. Há uma boa parte dos quartos que sofrem com o ruído da cozinha, não só do seu funcionamento mas depois de toda a logística, com a ida e vinda de fornecedores.

Desta vez o hotel está mais calmo. Não há eventos à vista. Um período de descontração e depois, porque não, vamos espreitar o palácio presidencial. É ali próximo. Temos carro. Antes, passamos pelo beira-lago que antes encontrámos tão animado, mas desta vez está tudo deserto, morto. Nada a fazer ali. É pena, gostava de me despedir em grande.

Depois para o outro lado. Parqueamento fácil a pouca distância e depois andar até onde é possível os visitantes irem. Dantes podia-se visitar o palácio com marcação, mas não nos últimos anos. Está um final de tarde agradável, sereno. Sentimos o ambiente e é com calma que regressamos ao carro e depois ao hotel.

Jantamos no tranquilo restaurante do Brasília Palace. Nada de especial. E depois uma noite tranquila, bem dormida. A última no Brasil.

No dia seguinte de manhã uma visita guiada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, deixar o carro e o regresso a Portugal.

 

 

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