Islândia. Um pequeno país com uma população ainda menor. 365 mil habitantes. Quando o COVID-19 chegou, atacou em grande. Apesar da fraca densidade populacional rapidamente a epidemia se estendeu pela população e num instante a Islândia passou para o topo da lista de países com mais casos por milhão de habitantes.
Contudo as políticas adoptadas e a gestão da crise tiveram um efeito surpreendente e neste momento o país pode juntar-se ao restrito número de nações e territórios que conseguiram eliminar por completo o virus. No dia 20 de Maio, houve um novo caso na Islândia! E isto apesar de ainda não haver mais do que três países (não contando com territórios e micro-Estados) com mais casos por milhão de habitantes.
E é neste cenário que as autoridades islandesas preparam aquilo que poderá ser um golpe de génio: autorizar a entrada de turistas, com um teste gratuito à chegada ao país. Assumindo que será aplicado todo o rigor nos testes usados, a Islândia prepara-se para revitalizar a sua economia com o que imagino seja um enorme afluxo de visitantes estrangeiros. Afinal, poderá gabar-se de estar virtualmente COVID free e, como bónus, acena com um teste para todos. Por outro lado o mercado, sequioso de viajar, terá aqui um destino seguro em toda as frentes. E único, sendo provavelmente, para já, o único país para onde se poderá viajar livremente. O único senão? Os outros passageiros no avião.
Será a partir de 15 de Junho que as restrições serão levantadas. À chegada serão feitos testes gratuitos – uma diferença notável em relação aos 190 Euros cobrados pela Áustria – podendo o visitante aguardar os resultados, que demoram cerca de cinco horas, no seu hotel. Note que os custos dos testes só serão suportados pelo Estado islandês no período inicial, não tendo ficado bem definidos os termos da cessação deste apoio.
Opcionalmente, apesar de ser tão inconveniente que não passa de uma opção teórica, poderão não fazer o teste e aguardar os 14 dias de quarentena antes de receberem autorização de explorar este maravilhoso país.
Por fim, poderão apresentar um documento legítimo autenticado pelas autoridades de saúde do seu país de origem que confirme que não estão contaminados pelo COVID-19.
Agora, um aspecto importante: para beneficiar de qualquer uma destas opções, o visitante terá que instalar e manter activa uma aplicação específica, a Rakning C-19 (significa algo como “Seguir o COVID-19”.