E chegou ao fim esta viagem pela ilha La Hispaniola. Uma viagem doce, por vezes emocionante, geralmente simples e agradável. Não foi uma daquelas expedições marcantes, que entram para uma lista das mais espectaculares de sempre, mas deixou saudades e vontade de regressar.
O dia dezassete esteve no alinhamento deste balanço. Tranquilo, simples. Acordei e os meus anfitriões ainda estavam em casa. Tinham adiado a partida e agora sim, aprestavam-se a sair. Foram. E fiquei por ali.
Passado um bocado fui até à água, afinal são só umas centenas de metros e não queria deixar passar este último dia sem ver absolutamente nada. Esperava sentar-me um pouco na esplanada que tinha visto na véspera mas o ambiente não me agradou especialmente e regressei a casa.
Pouco depois saí para comprar o bilhete de autocarro para Punta Cana, que me deixará mesmo no aeroporto, uma maravilha. Aproveitei para passar pelo supermercado Nacional que existe ali próximo e abastecer-me de comidinha. Vai ser uma longa viagem. Saio daqui, autocarro para o aeroporto, umas boas horas de espera, voo de dez horas, chegada a Lisboa, autocarro para o Algarve… muito tempo mesmo. E com a TAP não quero correr riscos. A última vez que regressei a Portugal com a TAP o jantar foram bifes de frango crús. Não gosto de sushi de frango, e para cobrir estas eventualidades levo um número considerável de sandes.
Preparada a merenda encontro uma cerveja no frigorífico. Bem me parecia que tinha sobrado uma da véspera. Mando um Whatsapp ao Arian, vou-lhe beber a cerveja em troca de um espólio variado das coisas que não vou poder levar comigo, o que inclui meia garrafa de rum. Não é um mão negócio para eles.
Nem para mim, porque aquela última cerveja dominicana tomada na varanda fresca do apartamento, um autêntico jardim, sabe-me divinamente.
Vai chegando a hora. Saio, fecho o apartamento seguindo as instruções que o Arian me tinha deixado e caminho para o autocarro. Pacífico.
Viagem tranquila até Punta Cana. Sou deixado à porta do terminal. Ainda é de dia e tenho muito tempo. Aproveito para encontrar uma geocache que por ali existe e depois deitei-me na relva a ler um pouco… até começar a chover.
E pronto, lá para dentro. Primeiro a fazer check in, tudo bem com a documentação, tenho a sorte de ter um lugar à janela. Agora é esperar que chegue a noite, jantando um par de sandes do meu stock.
Um voo para Lisboa… aterramos de manhã… transitar para Sete Rios, autocarro… tiro uma soneca na tranquila viagem até ao Algarve… saio, ando duzentos metros e estou em casa. Acabou.