A insólita situação não é totalmente inocente. O passageiro não perdeu o voo porque chegou tarde ao aeroporto ou porque o voo de escala chegou atrasado. O passageiro simplesmente não tinha interesse em concluir uma viagem composta por dois voos e na escala apanhou um outro voo e deixou a Lufthansa seguir.

Algo que fazemos muitas vezes. Pelo menos pessoal que aproveita promoções, muito frequentes, que têm escalas indesejadas. Já se sabe que para o fazer é necessário viajar apenas com bagagem de cabine, porque não se poderá recuperar a bagagem de porão no aeroporto intermédio. E é uma prática frequente, a que curiosamente as companhias aéreas, por razões que me ultrapassam, se opõem.

Desta vez a Lufthansa foi mais longe e colocou em tribunal o passageiro. Nesta ocasião o cliente comprou uma passagem de ida e volta, de Oslo para Seattle, com escala à ida e à volta em Frankfurt. Ora no regresso, assim que saiu do avião naquela cidade alemã, o passageiro tomou um outro voo, também da Lufthansa, para Berlim. Em que é que isto implica com a felicidade e bem-estar da companhia de facto é incompreensível. Não só levaram o avião um pouco mais leve como ainda por cima, neste caso, venderam outra passagem. Mas agora exigem do passageiro o pagamento de uma indemnização de 2.112 Euros.

Em Dezembro um tribunal de primeira instância de Berlim já lhes disse para terem juízo, mas insistem, recorrendo da sentença.

 

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