Penúltimo dia no México, para transitar da Cidade do México para Cancun, de onde se dará a partida de regresso a Portugal. Um mês e uma semana depois.

Foi uma despedida emocional. Gostei muito da Cidade do México, fui feliz aqui, na primeira passagem de quase dez dias, mas também nesta segunda fase, mais curta, apenas um dia inteiro.

Um Uber para o aeroporto. Por conforto, porque o metro chega até lá. Com todo o tempo do mundo, para ter a certeza que não perco este voo. Não gostaria nada de ficar retido no México mais tempo.

Já bastou o stress com o COVID. O Governo Português decidiu passar a exigir um teste negativo quando já viajava pelo México, uma surpresa desagradável. Para piorar as coisas, numa das últimas viagens de autocarro, um grupo de refugiados haitianos recusava-se a usar máscaras e, note-se bem, tossiam como se não houvesse amanhã. Ora quando fui fazer o teste, a uma médica numa farmácia (no México muitas farmácias oferecem consultas médicas gratuitas aos seus clientes e são estes médicos que fazem o teste rápido e emitem o certificado na hora) o meu coração batia mais forte… e se… e se… mas não, estava tudo bem. Grande alívio.

Portanto, um voo tranquilo para Cancun, uma curta viagem de autocarro para o centro. De volta onde tudo começou. Tinha marcado um quarto numa casa de hóspedes próximo da estação de autocarros. Foi em cheio. O lugar era modesto, não muito melhor de onde fiquei à chegada. Mas a localização era excelente e o anfitrião ainda melhor. E não é que o tipo tinha viajado em Portugal há poucos meses e entretinha-se agora a ver no Netflix a série portuguesa Glória?

Fartámo-nos de falar e no dia seguinte até nos convidou a ir à praia com ele e uns amigos simpáticos que também estavam a ficar lá na casa. O ambiente era bom, foi uma boa forma de fechar a viagem.

Aquela zona de Cancun surpreendeu-me pela positiva, e nem sei dizer exactamente porquê. Acho que simplesmente senti uns vibes positivos. Muita gente local, comércio, vida. Nem apetecia voltar. Quer dizer, apetecia, mas pronto, foi um ingrediente para deixar uma pontinha de saudade antecipada.

Para jantar andámos por ali a ver possibilidades e acabámos por ir a uma pizzaria. Esteve-se bem, na esplanada, a tomar o último jantar no México.

No regresso a casa vimos que a animação não dava sinais de abrandar. Agradável.

Pois na manhã seguinte encontrámos o anfitrião. Despedimo-nos, fomos almoçar a um restaurante cubano ali mesmo na rua, onde ficámos saciados por cerca de 3 Euros e pronto, mochilas nas costas, para a estação de autocarros… aeroporto… tudo normal… embarcar no TAP e voar, voar sobre o Atlântico, até Lisboa.

 

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