11 de Maio de 2024

A longa viagem para o Parque Nacional de Etosha começou mais tarde do que gostaria. São 570 km para o portão leste, próximo do complexo de Namutoni. E isto porque soube bem dormir um pouco mais e deliciar-me com o belo pequeno-almoço incluído no preço da dormida no hostel. Tecnicamente servido após as 7 horas mas disponível bem antes. É um buffet com as mais deliciosas coisas, bens de qualidade, não os mais baratos do mercado.

Então foi de barriga cheia e confortados que nos dirigimos para o carro para iniciar a jornada. É Sábado, o trânsito é reduzido. Muito fácil encontrar o caminho e fazer algumas dezenas de quilómetros no único troço de auto-estrada do país.

Passámos junto a uma cidade e por dentro de uma outra, estranha, porque parecia ser feita apenas de lojas e provedores de serviços. Ficou uma impressão que perduraria. A Namíbia não corresponde à ideia que se tem de África. É um país organizado, funcional, com pouco crime. Os condutores são corteses e têm uma condução impecável. O comércio é moderno e apesar do mercado ser pequeno encontra-se qualquer coisa por aqui.

Os quilómetros iam-se sucedendo e a temperatura aumentando. Em Tsumem, uma simpática localidade, parámos para encontrar uma geocache no museu local. Estava fechado mas de fora via-se o edíficio colonial e a maquinaria exposta no jardim. Mesmo ao lado existia uma igreja, também fechada, mas algo pitoresca.

À medida que avançava na viagem a qualidade do asfalto ia descendo. E quando entrámos no Parque Nacional de Atosha começou a terra batida. Pagar o valor devido pela visia de três dias foi simples, assim como o foi fazer o checkin para a área de campismo do campo de Namutoni.

O funcionário de serviço ao camping indicou-nos o lugar para a tenda, que pareceu bem.

Demos uma volta pelo campo e visitámos o forte alemão, de início do século XX, que foi reconstruído mais recentemente segundo os planos originais. Destaque para a torre principal, que se pode subir e de lá apreciar a envolvência de Namutoni enquanto se imagina o que iria pelo pensamento do soldado alemão destacado para guarnecer este local ermo.

Mais tarde montaríamos a tenda, mas para já havia que começar a explorar o parque e os seus pontos de água, que são a chave para a observação dos animais residentes. Não existindo muita água nesta região – especialmente na época seca – os bichos são obrigados a acorrer a estes pontos onde o precioso liquido ainda se encontra disponível. E é aí então que os visitantes os observam.

Visitámos Chudop e Kleine Namutoni. E o desfile começou: zebras, girafas, elefantes. Com abundância, deixando-se ver e fotografar e não só nos pontos de água mas também pelo caminho. Também bastantes aves e antílopes.

As estradas no interior do parque são todas de terra batida. Algumas em melhor estado que outras, dependendo também dos troços, cuja qualidade do piso muda rapidamente sem razão aparente. Recomenda-se por isso prudência e que nunca se exceda os 60 km/h de velocidade máxima.

Mais tarde, ja no campo, que tem uma zona com um ponto de água artificial para que se possam observar animais com todo o conforto (em todo o parque nacional excepto nos campos e em locais indicados como pontos de repouso é proibido sair dos carros), vimos uma hiena furtiva que parecia deslizar pelo mato baixo enquanto o sol se punha para a noite.

Jantámos no restaurante do campo, uma bela refeição, saborosa e nada cara. Uns 12 Euros por uma costoleta grelhada incrivelmente boa e um sumo de guava. Considerando a qualidade e o local, muito económico.

 

 

 

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