Há poucos dias a comunidade de viajantes agitou-se perante isto. Quatro horas para embarcar! Afinal, tudo por causa de um artigo publicado no The Sun, que relatava uma experiências que assim correu.
Muita gente tirou conclusões, talvez um pouco apressadas. Nós não estamos no futuro. Nem na época pós-Covid-19. Estamos no que parece ser o pico da crise, e qualquer experiência que tenha sucedido nestes dias conturbados não deverá ser tomada como uma referência para o período que se segue. Até pode ser pior, mas isso só o futuro o dirá.
Para o especialista em aviação John Walton, o cenário das quatro horas é improvável. Um pouco mais do que o usual sim, devido às medidas tomadas pelas companhias aéreas para evitar o contacto entre os passageiros. Actualmente a tendência é permitir o acesso apenas pela porta traseira, dando tempo aos passageiros para ocupar os seus lugares antes de deixar mais pessoas entrar na cabine.
Mas pode haver algumas surpresas, fruto de possíveis regulamentações globais que venham a ser emitidas. Por exemplo, alguns aeroportos estão a fazer testes rápidos de COVID-19 aos passageiros e isso demora tempo. Vamos imaginar que estes testes se tornam obrigatório. Sim, isso certamente vai aumentar os tempos de embarque.
A obrigatoriedade de uso de máscaras também terá o seu peso. A tripulação terá que gerir os conflitos que se adivinham e de distribuir máscaras aos passageiros que não as tenham.
Seja como for, é pouco provável que os tempos entre a chegada ao aeroporto e a descolagem subam tanto como as expectativas mais pessimistas apontam.